A
cultura da violência contra a mulher.
A naturalização da violência contra mulher
parte de vários fatores histórico-sociais designados á sociedade desde sua
formação familiar.
No
período colonial a mulher já era tida como objeto sexual de seus senhores, escravas
que só tinham como trabalho satisfazer os desejos de seu dono, mulheres que não
possuíam direito algum sobre seu corpo.
Pelo
desenrolar dos séculos muitos desses conceitos arcaicos não se dissolveram,
pois estão arraigados na formação de muitos povos. No oriente médio, por
exemplo, houve um estupro coletivo de uma jovem estudante, o crime repercutiu
no mundo todo e até virou um documentário pois os criminosos não entendiam suas
sentenças, os mesmos se viam corretos pelo ato, com a justificativa de que a
menina usava roupas curtas e caminhava á noite sozinha. A cultura da isenção do
direito ao corpo da mulher por ela própria parte da instrução familiar em sua
grande, na qual o menino já cresce crendo que lhe é dado o poder sob a figura
feminina. Por isso muitos estupros acontecem no círculo familiar.
Para
que tais paradigmas, crimes e opressões sejam ao menos minimizados é necessário
que o indivíduo imponha na educação de seus filhos o respeito à mulher, que
marchas como a da última sexta feira (13) onde mais de 4 mil mulheres foram ás
ruas de Brasília lutar pelo direito ao seu corpo e pedir a saída do presidente
da Câmara (Eduardo Cunha) que tem apresentado posições de restrição á liberdade
da mulher. Que a Lei Maria da Penha se amplie e todo e qualquer ato de
violência seja verbal, psicológica ou física seja denunciado e repudiado.
Assim
teremos uma sociedade extinta de Amélias submissas e santificadas e teremos
mais Marias que lutam por seus direitos e mostram que lugar de mulher é onde
ela quiser, e que de roupa curta ou de burca todos irão á respeitar.
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